Escândalo ambiental na COP30 expõe contradições do governo Lula
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou publicamente o governo brasileiro de promover a destruição de mais de 100 mil árvores na Floresta Amazônica para abrir uma estrada de quatro faixas destinada à circulação de delegações e ambientalistas durante a COP30, realizada em Belém. A declaração repercute internacionalmente e coloca o governo Lula em posição delicada, já que a principal narrativa defendida pelo Planalto é justamente a de liderança global na preservação ambiental.
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Segundo Trump, o episódio já estaria sendo tratado como um escândalo diplomático. Para ele, há uma incoerência evidente entre o discurso de defesa do meio ambiente e a prática adotada para viabilizar o evento. A fala atinge diretamente o argumento central da política externa brasileira, que tem usado a pauta ambiental como instrumento de articulação internacional.
O comentário de Trump amplifica questionamentos que já vinham sendo feitos por ambientalistas independentes e órgãos de fiscalização. A preparação para a COP30 tem sido marcada por licitações aceleradas, obras emergenciais e críticas sobre falta de transparência na condução dos projetos. Caso se confirme a derrubada em larga escala de vegetação nativa, o governo Lula enfrentará um desgaste significativo num dos temas que considera prioritários para sua imagem global.
O Planalto ainda não apresentou resposta direta às acusações, mas aliados do governo têm buscado desqualificar a fala do líder norte-americano, classificando-a como retórica eleitoral. Mesmo assim, o impacto internacional está formado, e o Brasil volta ao centro de um debate sensível: dizer que protege a Amazônia enquanto autorizaria intervenções devastadoras em seu território.
A contradição entre discurso e prática, agora exposta em escala mundial, abre mais um flanco de pressão sobre o governo federal às vésperas de novas agendas ambientais e negociações diplomáticas.
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