O Governo do Distrito Federal iniciou, nesta semana, a maior pesquisa já realizada no DF sobre violência contra a mulher. O levantamento, conduzido pelo IPEDF em parceria com a Vice-Governadoria e a Secretaria da Mulher, vai ouvir 5 mil pessoas — homens e mulheres — em todas as 35 regiões administrativas até 11 de novembro. A meta é orientar decisões rápidas, com base em evidências, para reduzir agressões e prevenir feminicídios.
Segundo a vice-governadora Celina Leão, o estudo busca ir além do retrato das vítimas: investigará o contexto de cada caso, presença de testemunhas, autonomia financeira das mulheres, condições de trabalho, rede de apoio e existência de filhos. O questionário também medirá a percepção da população sobre políticas públicas de proteção e equidade de gênero, permitindo calibrar programas já em curso e criar novas frentes de atendimento.
O desenho da pesquisa permitirá traçar perfis e mapear vulnerabilidades por território, conectando diagnóstico a resposta de governo. A expectativa é que os achados alimentem imediatamente fluxos de acolhimento, qualifiquem a rede intersetorial (saúde, segurança e assistência) e fortaleçam instrumentos já anunciados pelo GDF para proteger mulheres e crianças órfãs do feminicídio.
A coleta em campo seguirá protocolos técnicos do IPEDF, com entrevistas presenciais e amostras distribuídas por RA. Concluída a etapa, o Executivo local deverá divulgar indicadores consolidados e um plano de ação com metas verificáveis, priorizando prevenção, monitoramento e punição efetiva dos agressores.
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