Na Europa, o mercado automotivo atingiu um ponto de inflexão histórico em 2025, confirmando o declínio definitivo dos motores a diesel. Dito isso, pela primeira vez o volume de vendas de veículos híbridos plug-in (PHEV) ultrapassou o de carros movidos a óleo nos países da União Europeia, EFTA e Reino Unido.
Nos dez primeiros meses do ano, os plug-ins conquistaram 9,4% da participação de mercado, empurrando o diesel para apenas 8%, um cenário impensável há uma década, quando esse combustível dominava mais da metade das vendas no continente europeu.
Essa virada é resultado de um processo que começou com o escândalo do Dieselgate e foi acelerado por normas de emissões cada vez mais rigorosas. Assim, as montadoras reduziram drasticamente a oferta de modelos a diesel, especialmente entre os compactos, devido ao alto custo para adequar esses motores às novas leis ambientais.
Simultaneamente, a evolução da eficiência dos motores a gasolina e uma agressiva política de incentivos fiscais para eletrificação tornaram os híbridos plug-in a escolha racional para o consumidor que busca transição energética.
Atualmente, os híbridos convencionais lideram a preferência europeia com mais de um terço das matrículas, seguidos pela gasolina e pelos elétricos puros. O diesel, agora relegado à quarta posição, perde espaço de forma irreversível.
Embora a indústria projete um crescimento futuro dos modelos 100% elétricos com a chegada de opções mais baratas, o momento atual consolida os híbridos plug-in como os principais algozes da antiga tecnologia dominante na Europa.
