Saúde reforça que animais não representam ameaça direta a cães, gatos ou humanos; vacinação é forma de prevenir doença
A Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses encontrou dois morcegos infectados com raiva no Distrito Federal no começo deste mês. Os animais foram recolhidos mortos em 3 e 10 de maio em um jardim da região administrativa de Octogonal. Os dois são da espécie Artibeus lituratus. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, casos de raiva em morcegos desta espécie já ocorreram em outros anos no DF, mas não “representam uma ameaça direta a cães, gatos ou humanos, pois eles se alimentam apenas de frutas, folhas e insetos”.
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“Não é recomendado, portanto, tentar manipular ou matar morcegos vivos, pois não representam perigo direto. Já no caso de morcegos caídos ou mortos, a Vigilância Ambiental deve ser contactada para fazer o recolhimento, além de se evitar a manipulação dos morcegos por humanos ou animais domésticos”, orienta a pasta.
A Secretaria explica que, ao longo de todo o ano, a Vigilância Ambiental recolhe morcegos mortos ou caídos para fazer um acompanhamento epidemiológico dos animais.
Segundo a pasta, a raiva entre animais é prevenível por meio da vacinação. “Por isso, de maneira preventiva, no sábado (18), foi realizada uma vacinação antirrábica na quadra da Octogonal, tendo sido vacinados 118 cães e 29 gatos. Ao longo de todo o ano, a população de todo o Distrito Federal também pode procurar os núcleos Regionais de Vigilância Ambiental para a vacinação de cães e gatos, serviço ofertado de maneira gratuita (veja lista de endereços)”, diz a secretaria.
Em caso de acidente com morcegos, a Secretaria de Saúde também oferece a profilaxia pós-exposição. Ela é realizada de acordo com a avaliação das equipes de saúde e é uma medida necessária para evitar o desenvolvimento da doença de raiva, caso a pessoa tenha tido contato com o animal infectado. “Em caso de acidente, deve-se buscar uma unidade de saúde para orientação.”