São divulgadas esporadicamente pesquisas que projetam possíveis candidatos nas eleições de 2026. Volta e meia, nessas pesquisas aparecem com algum destaque relativo ou invarialvemente estão inseridos nessas amostragens uma ”vontade popular” de se votar em personalidades corruptas, ou simplesmente votar em corrupto.
A bandidolatria ganhou espaço significativo nas mídias tradicionais e novas mídias. E essa prática, a de idolatrar bandidos e corruptos é cada vez mais difundida sob uma capa de fama e até sucesso.
O brasileiro vota em políticos corruptos por várias razões complexas e interligadas:
– Muitos eleitores não sabem ou não acreditam que seu candidato seja corrupto, ou acreditam que ele compensa esse defeito com outras qualidades, como afinidade ideológica ou competência administrativa.
– A percepção de que a corrupção é generalizada faz com que o eleitor desanime e tenha menor engajamento eleitoral, podendo optar por abstenção, votos nulos ou até votar em corruptos por achar que “todos são corruptos”.
– A corrupção é vista como parte do sistema político, e não como um problema que será resolvido, levando o eleitor a relativizar sua importância no voto.
– A lógica do “rouba, mas faz” é rejeitada pela maioria, mas ainda há quem tolere alguma corrupção se o político não roubar para benefício pessoal ou mostrar alguma competência.
– Outros fatores, como crises econômicas e de saúde, têm reduzido o peso da corrupção na decisão do voto, apesar de a honestidade ainda ser valorizada.
Recentemente a percepção sobre o tema aumentou significativamente e foi divulgado pelo DFMobilidade. Diversos são os estudos sobre o tema, todavia a falta de caráter e uma sociedade mentalmente doente também tem sido instrumentos de estudos que balizam a afirmativa de que a corrupção aumento nos últimos anos, ou seja: As aves de rapina encontram um abiente propicio para retornarem com suas atividades.
Em resumo, o voto em corruptos no Brasil decorre da combinação de desconhecimento, descrença na mudança, percepção da corrupção como algo endêmico, avaliação pragmática do candidato e prioridades eleitorais que vão além da corrupção.
Sobre o autor
Hamilton Silva é jornalista e economista, editor-chefe do portal DFMobilidade.