Nesta quinta-feira (1º), o general Augusto Heleno presta neste momento depoimento perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que investiga os atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro. Heleno ocupou o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) até o final da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A comissão está apurando a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, bem como a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022, durante a diplomação do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em ambos os casos, os responsáveis eram manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições.
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Os deputados distritais têm o objetivo de compreender o papel do GSI durante o fim da gestão de Bolsonaro em relação aos acampamentos e ao ocorrido em 12 de dezembro. O pedido para ouvir o general foi aprovado em 15 de março.
De acordo com o texto, a presença do general é relevante, pois ele estava à frente do GSI durante a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal em Brasília, outro ponto de interesse para a investigação do comitê.
O documento afirma: “Ao que tudo indica, os atos antidemocráticos foram previamente planejados, organizados e financiados com o intuito de alterar o resultado das eleições presidenciais a partir de outubro de 2022 e impedir a alternância de poder.” Os deputados também estão apurando se o general teria incentivado os atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro.
Inicialmente, esperava-se que o general prestasse depoimento na CPI em 19 de abril. Na época, o presidente da comissão, deputado Chico Vigilante (PT), chegou a anunciar a confirmação da participação do militar. No entanto, Heleno mudou de ideia e não compareceu.