Na manhã desta quinta-feira (17/11), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a 3ª fase da Operação Looping, para desarticular grupo criminoso que, entre 2014 e 2020, falsificou e usou documentos falsos junto a cartórios do Distrito Federal, com a finalidade de transmitir a propriedade de fazendas no DF e em Goiás.
As investigações começaram em 2021, quando os criminosos haviam falsificado documentos, dentre eles uma certidão na Terracap, e invadido uma área na região do Gama avaliada em cerca de R$ 15 milhões, a qual foi dada como garantia de um empréstimo. O grupo era formado por empresários, um advogado e um antigo tabelião do cartório de notas e registro civil da cidade de Limeira (MG).
Na ação de hoje, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão em Londrina (PR) e em Águas Lindas de Goiás, contra alvos que produziram os documentos falsos, os quais foram assinados pelo tabelião destituído e utilizados pelos acusados.
No dia 25 de janeiro de 2022 foi realizada a 1ª fase da Operação Looping. Na ocasião, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em empresas e residências localizadas no Gama e em Águas Lindas e Goiânia (GO); em Salvador (BA) e na cidade baiana de Lauro de Freitas – buscas em residência dentro de um condomínio de alto luxo.
As investigações ainda apontaram que esse mesmo antigo tabelião havia participado da produção de outra documentação falsa, usada para transferir uma fazenda localizada em Mimoso (GO), avaliada em aproximadamente R$ 10 milhões.
“Além disso, o grupo transmitiu uma terceira fazenda, no ano de 2014, localizada também em Mimoso (GO), avaliada em R$ 15 milhões, utilizando uma procuração lavrada com documentos falsos no cartório de Dom Bosco (MG)”, explica o coordenador da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), delegado Wisllei Salomão.
Diante dessa situação, foi realizada a 2ª fase da Operação Looping, em 21 de junho deste ano. Na ação, os policiais cumpriram sete mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em diversas regiões do Distrito Federal — Lago Sul de Brasília, Vicente Pires, Águas Claras, Setor de Indústrias Gráficas, Guará, Gama — além das cidades vizinhas de Padre Bernardo, Mimoso e Águas Lindas (GO).
