O senador José Antônio Reguffe, mais conhecido como Reguffe finalmente “saiu do armário” e anunciou nesta tarde de sexta-feira (24) que é candidato ao GDF.
Depois de muita enrolação e um jogo de cena o senador finalmente se definiu por disputar a cadeira ocupada por Ibaneis Rocha (MDB).
Reguffe tem sua vida pública marcada pelo carreirismo no legislativo. Foi tudo que podia ser desde 2007: de distrital a senador.
Em vídeo com mais de 7 minutos postado em suas redes, o senador como sempre enfadonho e repetitivo clamou ao eleitor que fizesse propostas para compor o seu projeto de governo. “Tragam idéias”, disse. Recorrer ao eleitor para a criação de um projeto de governo é assustador, já que o senador brasiliense levou quase duas décadas para chegar ao ponto de pré candidato.
O político começa seu “comunicado importante” exaltando a honestidade e lisura de seu mandato como se fosse algo extraordinário. NAO É. Suas ações como senador são obrigações constitucionais e sua honestidade é obrigação moral.
No vídeo ele usa os mesmos argumentos que toda oposição usa: como problema de transporte, saúde e demais pautas já batidas.
O senador atacou a vocação de cidade administrativa do DF de “cultura do serviço público”, indiretamente o servidor e sugestionou “uma nova matriz de desenvolvimento econômico”.
No livro de Apocalipse, onde há toda a narrativa de fim do mundo, o escritor é muito claro com os mornos de espírito e é assim que o parlamentar do DF se mostrou no vídeo postado em sua conta do Instagram.
No capítulo 3:15-16 o Deus diz que conhece nossas obras e que vomitaria os mornos.
“Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente!”
Em consulta à Psicóloga renomada e especialista em tratamento de altos executivos do mundo corporativo o senador mostra-se “coitadinho” quase ao ponto de chorar com objetivo de conquistar o desinformado eleitor.
Independente disto caso o senador obtenha sucesso no pleito ele será uma incógnita, afinal sem plano de governo definido e com uma corrida presidencial polarizada, Reguffe terá que optar em apoiar o Lula (ex presidiário) ou Bolsonaro a quem já se pronunciou com muitas críticas.
Com projetos e propostas sem muito impacto na sociedade brasiliense o senador que preza por economia de palitos terá que vencer as eleições, coisa que pra ele parece fácil, venceu todas que disputou, porém, a de governar é muito diferente de bravatas eleitoreiras.
Por Hamilton Silva- Jornalista, economista e editor do portal DFMobilidade