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Eleições: 40% dos eleitores podem mudar o voto e 63% estão desinteressados, diz pesquisa 

Foto: Antônio Augusto/TSE
Foto: Antônio Augusto/TSE

A mais recente pesquisa da Alfa Inteligência, realizada entre os dias 2 e 8 de setembro em 300 cidades brasileiras, aponta um cenário de grande incerteza nas eleições municipais de 2024.

De acordo com o levantamento, 40% dos eleitores afirmaram que ainda podem mudar de opinião sobre seu voto para prefeito, o que representa uma oportunidade e um desafio para os candidatos na reta final da campanha.

“Campanhas estagnadas correm o risco de perder eleitores indecisos. A diferença entre uma vitória e uma derrota pode estar nas mãos desses indivíduos que ainda estão se decidindo”, afirmou Emanoelton Borges, CEO da Alfa Inteligência.

Outro dado preocupante revelado pelo estudo é o desinteresse generalizado pela eleição: 63% dos entrevistados disseram não estar envolvidos ou interessados no pleito. Esse dado acende um alerta para os candidatos que, diante desse cenário, precisam encontrar maneiras de atrair a atenção de um eleitorado desmotivado.

“Neste momento de grande indefinição, as campanhas de marketing político precisarão ser criativas e frequentes para quebrar essa barreira de desinteresse”, explica Borges.

A pesquisa também mostrou que os eleitores estão cada vez mais exigentes e céticos em relação às promessas de campanha. “As pessoas querem saber como o candidato pretende resolver problemas locais, seja na saúde, educação, geração de empregos ou turismo. Não adianta prometer tudo sem credibilidade”, destacou Borges. Nesse sentido, o estudo reforça a importância das campanhas utilizarem dados de opinião pública para ajustar suas mensagens e estratégias.

Outro ponto levantado pelo levantamento é a relevância da taxa de aprovação dos atuais prefeitos. Segundo a pesquisa, mesmo prefeitos com altos índices de aprovação não têm garantia de eleger seus sucessores.

“Prefeitos com 70% de aprovação, por exemplo, podem converter 80% desse apoio em votos para seus candidatos, o que lhes daria cerca de 56% das intenções de voto. Contudo, isso depende de uma série de fatores”, pontuou Borges.

Com o primeiro turno das eleições se aproximando, Borges reforça que as pesquisas de opinião são fundamentais para os candidatos. “Elas são essenciais para medir a receptividade das propostas e ajustar a rota quando necessário. Estar atento a essas variáveis pode fazer a diferença entre a vitória e a derrota”, concluiu.

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