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2022 é logo ali

Ibaneis-e-Rafael-Prudente

Com a virada do ano muito se fala em metas, projetos e até sonhos a se realizarem nos próximos 365 dias. Sim já passaram 10 de 2021.

É normal e compreensível para simples mortais como nós, pensarmos em como atingir metas simples ou metas e planos mais palpáveis à nossa realidade cotidiana, como fazer academia e ter treinos com objetivos especificos para melhorar nossa qualidade de vida ou planos mais “ousados” como o de trocar de carro ou comprar uma casa própria. Planos que para o universo político são muito insignificantes. Para os players do jogo político o tempo é valorizado e vivido de uma outra forma.

2021 começou com novas esperanças, mas não deixemos 2020 para trás, estamos todos de olho no retrovisor, para pelo menos entender um pouco do que aconteceu. No universo político, por exemplo,  quase ninguém vai se lembrar do ano de 2018,   ano em que o eleitor brasiliense elegeu seus 24 distritais e um governador outsider com vistas a mudar radicalmente a história de roubalheira e ineficência administrativa dos últimos governos socialistas. Retomando a fala do tempo, tivemos uma década perdida: desinvestimento, endividamento – Rollemberg só tinha um  discurso: CUIDADO, com a lei de reponsabilidade fiscal – e desesperança.

2022 é logo ali

Sabe por que? porquê na verdade os movimentos, ações e muitas justificativas usadas neste ano de 2021 fundamentarão outras tantas em 2022. Dificil prever o futuro? Talvez, mas um exercício diário de observação e entendimento do jogo político poderá nortear o lugar onde estaremos no ano eleitoral.

Todos os políticos, sem exceção, estão extremamente atentos aos movimentos realizados pelos diversos setores da sociedade para enfim, traçar seus planos com vistas à reeleição e/ou composição das forças que terão o poder naquele ano que está ‘logo ali’.

Sem chances concretas de vitória Ibaneis não sai

O governador Ibaneis Rocha (MDB), muito habilidoso no trato dos assuntos políticos fará valer seu recall eleitoral e a confiança no trabalho que vem desenvolvendo nesses dois anos de mandato.

O debate que se inicia parece sem dúvida alguma ser o de saber quais peças do tabuleiro serão significantes para mudar ou dar continuídade de poder na capital da república. Dezenas de nomes são candidatos, mas alguns são apenas figurantes. Player’s com poder de influenciar, competir e conquistar a chefia do Palácio do Buriti, temos dois ou três nomes com espectro de vencedor. Ibaneis sem dúvida nenhuma leva grande vantagem para continuar como mandatário. Então o que passa ser relevante é a seguinte questão: Quem definitivamente poderá compor e/ou concorrer com o governador, que enfrentou satisfatóriamente uma pandemia devastadora e a ira implacável de seus adversários midiáticos?

Vice de luxo

A vaga de vice governador na chapa de Rocha parece muito cobiçada, já que o momento é de expansão para os partidários de Pacco Brito . Se conhecemos um pouco de Ibaneis ele não abandonará os parceiros do Avante,  que lá atrás, em 2017 começaram as conversas que culminaram na chapa vencedora. Ser vice parece não ser muito glamouroso, haja vista o histórico dos vices da República, todavia o vice de Ibaneis pode  usar a posição  como principal trampolim para se chegar a um  destaque na esfera política do Distrito Federal: senador, deputado federal e até distrital caíria muito bem para uma nova missão.  O governador de Brasília demonstrou ser bastante generoso no quesito “dividir o protagonismo” com seu vice dando muita visibilidade a entregas e resultados do GDF.

Rodrigo Socialista Rollemberg

O ex-governador socialista, Rodrigo Rolleberg (PSB) deverá se contentar em ser deputado federal já que o grupo que o apoiou na eleição para governador em 2018 foi se dispersando durante todo seu mandato de quatro anos devido ao abandono do ex-chefe, deixando-o  isolado definitivamente.

Arruda’s family

Vale acrescentar que Flávia Arruda(PR) nunca escondeu o desejo de comandar Brasília, mas o ambiente não parece ser o mais adequado para 2022, pois a continuidade das realizações feitas como parlamentar de primeiro mandato em 2020 e  2021 precisam ser sedimentadas em 2022  e 2023. Por isso a esposa do ex-governador Arruda poderia sim, se agrupar ao atual governo e de lambuja ser governadora em 2026 com uma unidade significativa.

Federais de primeira viagem

Bia Kics (PSL), Celina Leão (PP) tentarão reeleição. Esta última com muita chance de composição na chapa majoritária. Seria uma ótima senadora e ganharia mais visibilidade. Leila do Vôlei tem tudo para melhorar sua imagem apagada no cenário político local e nacional, aliás uma decepção enquanto legisladora.

Coerência na média

Reguffe (Podemos) é um caso a parte já que sua atuação sempre foi coerente e deverá permanecer assim. “Não tem grupo”, até bem pouco nem partido tinha o que de fato o limitou muito como senador, tendo como principal bandeira a diminuição dos preços de remédios (bandeira que carrega desde os primórdios). Bandeira que não dá a visibilidade e relevância definitiva para concorrer mais agressivamente ao Buriti. O senador do baixo clero tem reconhecimento e admiração por sua coerência, retidão no trato da coisa pública, mas isto  não é o suficiente para se governar  o Distrito Federal, aliás isto não pré-requisito de político, é obrigação. Basta lembrar dos discursos palatáveis dos socialistas que governaram o DF .

Men at work

Izalci Lucas(PSDB), está no lugar certo: O Legislativo. Izalci se perdeu, não tem mais grupo. Coalizões frustradas nas eleições de 2018 e um excesso de tecnocracia o afasta do discurso mais acessível. Izalci é muito conhecido no DF, mas não o suficiente para se eleger governador, é preciso mais que tabalhar. Cabe lembrar que tem mandato de senador até 2027 o que poderá leva-lo a  dedicar-se full time na capanha do seu filho Sérgio Izalci para uma vaga de distrital.

Rafael Prudente

A grata supresa dos dias atuais é sem dúvida nenhuma o presidente da Camara Legislativa do DF, Rafael Prudente definitivamente supera as expectativas  e se destaca como o mais influente político de Brasília, podendo se candidatar a qualquer cargo  com fortes evidências de sucesso. Por isso afirmo que senador ou até vice na chapa majoritária não faria feio. Rafael  tem apenas 37 anos e tem elevado a produtividade da Câmara Legislativa em níveis antes visto comprovado por sua singular reeleição.

Apesar de uma eleição ser a fotografia do momento, o processo eleitoral é como uma  novela que se desenrola por todo um período. Portanto,  aguardemos cenas do próximos capítulos…

*Hamilton Silva é Jornalista, economista e pós-graduado em gestão pública.

 

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