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Partido expulsa advogado de réu do 8/1 por “ataque a ministros”

Foto: Reprodução / Rádio e TV Justiça
Foto: Reprodução / Rádio e TV Justiça

Advogado de um dos réus condenados pelos atos do 8 de janeiro, Hery Kattwinkel foi expulso do partido Solidariedade, ao qual era filiado. Como justificativa para a decisão, a legenda afirmou que Kattwinkel ofendeu ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e propagou discurso de ódio durante a defesa de seu cliente, Thiago de Assis Mathar, que acabou sentenciado a 14 anos de prisão, nesta quinta-feira (14).

“O senhor Hery Waldir Kattwinkel Júnior ocupou a tribuna do Supremo Tribunal Federal para protagonizar um grotesco espetáculo de ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal, verbalizando e endossando o discurso de ódio, não raro permeado de fake news, que contaminou parte da sociedade brasileira (…). Deliberamos pela expulsão do membro, reiterando o nosso respeito às leis brasileiras, nosso compromisso com a Democracia e o respeito as instituições públicas brasileiras” disse o partido, em nota.

Na tribuna da Corte, o advogado defendeu que seu cliente apenas entrou no Palácio do Planalto a fim de se proteger da confusão. Ele também disse que Moraes “passa de julgador a acusador” e que o ministro tem “raiva” de “patriotas”.

” É um misto de raiva com rancor contra patriotas. Patriotas que, na concepção maior, são aqueles que amam seu país” acrescentou.

Após a fala do advogado, Moraes descreveu a atuação de Kattwinkel como “patética” e “medíocre” e considerou que ele não usou o tempo para defender seu cliente e sim para atacar magistrados.

“É patético, medíocre, que um advogado suba à tribuna do Supremo Tribunal Federal com um discurso de ódio, com um discurso para postar nas redes sociais, que veio aqui agredir o Supremo Tribunal Federal. Eu digo com tristeza, presidente, que o constituído réu, o réu aguarda que seu advogado venha aqui defender tecnicamente. Venha analisar tipo a tipo. O advogado ignorou a defesa. O advogado não analisou nada, absolutamente nada” assinalou Moraes.

Kattwinkel também direcionou críticas ao ministro Roberto Barroso.

“Ato antidemocrático é quando um ministro da Suprema Corte deste país fala que eleição não se ganha, se toma. Isso é preocupante. Isso nos causa medo e insegurança” declarou o advogado.

Tal como Moraes, Barroso pediu a palavra e disse que o advogado havia acabado de propagar uma mentira. Ele declarou que sua fala, feita em Roraima, foi editada e retirada de seu contexto.

“Eu jamais disse que eleição não se ganha, se toma. Essa é mais uma fraude que se pratica online” acrescentou Barroso.

Kattwinkel é suplente de deputado estadual em São Paulo. Ele também já trabalhou como vereador em Votuporanga.

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