Desde o início dos conflitos em Israel, o governo brasileiro tem sido cobrado por parlamentares da oposição para enquadrar o Hamas como grupo terrorista, o grupo já matou mais de 1,2 mil pessoas entre elas mulheres, idosos, crianças e até mesmo bebês.
Em resposta a esta pressão, o Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado explicando o motivo pelo qual o país não estar utilizando esta classificação.
Na nota publicada pelo Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores de Lula esclarece que segue o critério estabelecido pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). “O Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais se aplicam sanções. Estão incluídos o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de grupos menos conhecidos do grande público”, diz trecho do pronunciamento.
O texto também afirma que o país “repudia o terrorismo em todas as suas formas e manifestações” e que a prática brasileira “habilita o país a contribuir, juntamente com outros países ou individualmente, para a resolução pacífica dos conflitos”. O movimento do Itamaraty ocorre em meio às pressões.
Na última quarta-feira, um grupo de 61 parlamentares enviou um requerimento ao ministro Mauro Vieira, pedindo para que o Brasil classifique o Hamas como terrorista. Atualmente, o país confere esta classificação aos grupos Al Qaeda, Talibã e o Estado Islâmico.
Estados Unidos, Reino Unido e Japão são alguns dos territórios que vão na contramão da ONU e já reconhecem o Hamas como grupo terrorista.