Nesta segunda-feira (7/8), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), enalteceu o Centrão dizendo que sem essa ala política, o Brasil já teria se tornado uma Argentina. O país vizinho tem sofrido com grave crise econômica e inflação acima dos 100% ao ano.
Em entrevista à rádio Mix FM, de Maceió (AL), Lira demonstrou-se insatisfeito com a reputação que o Centrão possui em relação à negociação de cargos.
“Muitos falavam assim: “O deputado Arthur Lira é sustentáculo do governo Bolsonaro; é quem dá apoio”. Mas qual era o ministério que a gente tinha no governo Bolsonaro: qual espaço? Nunca prezei por isso. Muitas vezes que falam que Lira quer a Saúde, o Centrão quer aquilo. É importante dizer que, se o Brasil não tivesse Centrão, seria uma Argentina” declarou.
O partido de Lira, contudo, deve ganhar espaço na Esplanada nos Ministérios em breve, em reforma ministerial planejada pelo governo Lula (PT) para incorporar o Progressistas e o Republicanos em sua base de apoio. Para Lira, uma das maiores dificuldades do governo petista é o tamanho de sua base.
“O governo quando se elegeu só tinha uma base de 130 parlamentares. O governo Lula precisa refletir. O ministério dele foi feito em cima de uma perspectiva da PEC da Transição, não balanceou a Câmara e o Senado. Tem bastante Senado nos ministérios e pouca Câmara. Tem partido com 15, 30 deputados com três ministérios; tem partido com 50 que não tem nenhum. Se o critério do governo é de acomodação de partidos na Esplanada, está desequilibrado” acrescentou.
*PN